O novo Cônsul Geral da Itália no Rio de Janeiro se apresenta com exclusividade à Comunità e explica quais são as suas prioridades e como pretende reforçar a presença consular em toda a circunscrição
Il nuovo Console Generale d’Italia a Rio de Janeiro si presenta in esclusiva a Comunità e spiega quali sono le sue priorità e come pretende rafforzare la presenza consolare in tutta la circoscrizione
Após menos de um mês do início do seu mandato, o novo Cônsul Geral da Itália no Rio de Janeiro, Paolo Miraglia Del Giudice, concedeu gentilmente a sua primeira entrevista à Comunità, na qual revelou que entre as suas prioridades estão a otimização e a modernização dos serviços consulares e a promoção do Sistema Paese. Ele também contou como pretende fortalecer a presença consular em toda a circunscrição, não apenas no Rio de Janeiro, cidade que conheceu há 20 anos, quando foi cônsul em Recife.
Dopo appena un mese dall’inizio del suo mandato, il nuovo Console Generale d’Italia a Rio de Janeiro, Paolo Miraglia Del Giudice, ha concesso gentilmente la sua prima intervista a Comunità, in cui ha rivelato che tra le sue priorità ci sono l’ottimizzazione e la modernizzazione dei servizi consolari e la promozione del Sistema Paese. Inoltre ha raccontato come intende rafforzare la presenza consolare in tutta la circoscrizione, non solo a Rio de Janeiro, città che ha conosciuto circa 20 anni fa, quando era console a Recife. Miraglia è nato a Napoli e dopo essersi laureato in Scienze Politiche presso l’Istituto Universitario Orientale di Napoli, ha intrapreso la carriera diplomatica nel 1991 che l’ha portato ad occupare vari incarichi, tra cui consigliere per la Stampa all’Ambasciata a Londra, Console Generale a Canton, in Cina, primo consigliere all’Ambasciata di Caracas, in Venezuela. Tra i vari Paesi in cui ha vissuto, Recife è stata l’esperienza che ha lasciato il ricordo più forte, dovuto anche al fatto che è stata la sua prima sede all’estero e anche la città in cui sono nati due dei suoi tre figli.
Miraglia nasceu em Nápoles e, depois de ter se formado em Ciências Políticas na Universidade Oriental de Nápoles, ingressou na carreira diplomática em 1991 que o levou a ocupar vários cargos, entre os quais conselheiro de imprensa na Embaixada em Londres, Cônsul Geral em Cantão, na China, e primeiro conselheiro na Embaixada de Caracas, na Venezuela. Entre os vários países em que viveu, Recife foi a experiência que deixou a lembrança mais forte, inclusive devido ao fato de ter sido sua primeira sede no exterior e também a cidade onde nasceram dois de seus três filhos.
ComunitàItaliana — Para o senhor o Brasil não é um país novo. Em 1995, o senhor foi Cônsul em Recife. Qual é a lembrança que tem daquele período e quais são as mudanças que notou no país?
Paolo Miraglia Del Giudice — Comecei minha carreira diplomática no exterior no Brasil onde por 4 anos fui cônsul em Recife de 1995 a 1999. Tenho uma lembrança maravilhosa tanto por motivos profissionais quanto familiares, uma sede que me deu muito, me acolheu com muito calor e por isso estou muito feliz de
poder voltar ao Brasil. Durante o tempo em que estive em Recife, tive a oportunidade de viajar pelo país, principalmente para visitar as regiões Norte e Nordeste, das quais Recife era competente. Naquela época também tive a oportunidade de visitar o Rio e foi a ocasião em que conheci esta belíssima cidade. Retorno agora, depois
de 20 anos ao Rio. Não tive a oportunidade de voltar durante este longo período de tempo. Tenho que dizer que encontrei o mesmo charme desta belíssima cidade e também o calor das pessoas e a recepção. Certamente mudou positivamente a parte de algumas obras importantes realizadas durante os Jogos Olímpicos, em particular apreciei a rede de transporte urbano com o metrô e também a regeneração de toda a área portuária. Houve, de fato, algumas mudanças muito positivas. No entanto, cheguei também num momento particularmente difícil e complicado para o país e, como sabemos, está passando por um período de dificuldades e crise
econômica nos últimos anos, e isso obviamente se reflete em muitos aspectos da vida do país.
Comunità Italiana — Il Brasile per Lei non è un Paese nuovo, nel 1995 è stato console a Recife. Che ricordo ha di quel periodo e che cambiamenti ha notato nel Paese?
Paolo Miraglia Del Giudice — Ho cominciato la mia carriera diplomatica all’estero proprio in Brasile dove sono stato per 4 anni console a Recife dal 95 al 99. Ho un ricordo bellissimo sia per motivi professionali che familiari, una sede che mi ha dato molto, mi ha accolto in maniera molto calorosa e quindi sono molto contento di poter tornare in Brasile. Nel periodo in cui sono stato a Recife, ho avuto l’opportunità di girare molto il Paese, soprattutto di visitare le regioni del nord e nordest, per le quali Recife era competente. Ho avuto anche l’opportunità di visitare Rio in quel periodo ed è stata l’occasione in cui ho conosciuto questa bellissima città. Torno adesso dopo 20 anni a Rio, non ho avuto l’opportunità di tornarci durante questo lungo lasso di tempo, devo dire che ho trovato inalterato il fascino di questa bellissima città e anche il calore delle persone e l’accoglienza. È cambiato in positivo sicuramente la parte di alcuni lavori importanti che sono stati compiuti durante i Giochi Olimpici, ho apprezzato in modo particolare la rete di trasporto urbano con la metropolitana e anche la rigenerazione di tutta l’area portuale, ci sono stati effettivamente dei cambiamenti molto positivi. Arrivo anche però in un momento particolarmente difficile e complicato per il Paese, sta attraversando, come ben noto, un periodo anche di difficoltà e di crisi economica negli ultimi anni e questo ovviamente si riflette per molti aspetti anche nella vita del Paese.
CI — As circunscrições de Recife e do Rio de Janeiro são distantes, mas algumas questões dos escritórios consulares podem ser parecidas. Em relação à cidadania ius sanguinis, qual é a situação no Rio de Janeiro? E para o serviço de passaporte, acessado através do sistema de agendamento online?
PMG — Trata-se de duas circunscrições bastante diferentes, mesmo que os problemas sejam em parte semelhantes: comparado ao Recife, o Rio de Janeiro certamente tem uma consistência da comunidade muito mais importante e, portanto, também a pressão que deriva dos serviços consulares. São cerca de 80 mil atualmente os italianos registrados na Aire, dos quais 60% no estado do Rio e 40% no estado do Espírito Santo, que é o outro estado pelo qual o Consulado Geral do Rio é responsável. Assim, para atender a essa forte demanda para o reconhecimento de cidadania, que não é uma preocupação só do Rio, mas de todos os outros escritórios consulares no Brasil, adotamos esse sistema informático, o agendamento on-line, elaborado pelo Ministério das Relações Exteriores que permite administrar de forma sustentável e transparente os pedidos de serviços consulares principalmente de cidadania, mas também de passaportes e estado civil. Estou ciente de algumas limitações deste sistema, que talvez ainda não seja o melhor possível no que diz respeito ao acesso aos serviços consulares, mas estão tentando corrigir também do ponto de vista informático para melhorar ainda mais esse serviço. Gostaria de dizer que em casos de particular urgência, o Consulado está sempre aberto e disponível também para aceitar pedidos para marcar consulta ou aqueles que não sejam canalizados através do sistema de agendamento on-line, simplesmente através o contato por e-mail ou pelo telefone.
CI — La circoscrizione di Recife e di Rio de Janeiro sono molto distanti, però alcune questioni degli uffici consolari possono essere simili. Per quanto riguarda la cittadinanza ius sanguinis qual è la situazione a Rio de Janeiro? E invece per il servizio passaporti, a cui si accede attraverso il sistema Prenota online?
è sempre aperto e disponibile anche ad accogliere richieste di appuntamento o che non siano canalizzate attraverso il sistema Prenota online, ma attraverso semplicemente il contatto via email o telefonico.
CI — Quais são suas prioridades e o que espera realizar, em geral, ao longo do seu mandato?
PMG — As prioridades são certamente a melhoria e a otimização dos serviços consulares, tentar melhorar e facilitar o acesso dos italianos aos escritórios do Consulado, e melhorá-los. Já estamos trabalhando para modernizar os sistemas. O Consulado Geral, por exemplo, iniciou um projeto piloto sobre a digitalização dos arquivos que permitirá uma economia significativa de tempo no tratamento das práticas e, portanto, uma melhoria na produtividade dos serviços consulares. A inovação continua sendo um aspecto muito importante no qual o Consulado está fortemente comprometido. Outra prioridade do Consulado é melhorar e fortalecer a promoção do Sistema Paese, em particular as relações econômicas, comerciais e culturais na circunscrição do Rio de Janeiro. Acredito firmemente na importância do trabalho em equipe e neste sentido estou tentando promover reuniões de coordenação com todos os sujeitos e as instituições que, de alguma forma, fazem parte do Sistema Paese aqui no Rio. Estou convencido de que isso pode trazer um valor agregado significativo na ação global para promover e valorizar a presença econômica e cultural italiana no Brasil. Este é outro objetivo que gostaria de tentar alcançar durante o meu mandato aqui.
CI — Quali sono le sue priorità e cosa spera di realizzare, in generale, durante il suo mandato?
PMG — Le priorità sono sicuramente il miglioramento e l’ottimizzazione dei servizi consolari, cercare di migliorare e rendere il più facile possibile l’accesso dei connazionali agli sportelli del Consolato e migliorare su questo. Stiamo già lavorando anche per cercare di modernizzare i sistemi, ad esempio il Consolato generale ha avviato un progetto pilota per quanto riguarda la digitalizzazione degli archivi che consentirà un risparmio significativo di tempo nella trattazione delle pratiche e quindi un miglioramento della produttività dei servizi consolari. L’innovazione rimane un aspetto molto importante sul quale il Consolato è fortemente impegnato. L’altra priorità del Consolato riguarda migliorare e rafforzare la promozione del Sistema Paese, quindi i rapporti economico-commerciali e culturali in questa circoscrizione di Rio de Janeiro. Credo fortemente nell’importanza del lavoro di squadra a questo riguardo sto cercando di promuovere riunioni di coordinamento con tutti i soggetti e le istituzioni che in qualche modo fanno parte del Sistema Paese qui a Rio e sono convinto che questo possa portare un valore aggiunto significativo nell’azione complessiva di promozione e valorizzazione della presenza economica culturale italiana in Brasile. Questo è un altro obiettivo che vorrei cercare di raggiungere durante il mio mandato qui.
CI — Já organizou encontros com vários representantes da comunidade italiana, incluindo associações e Comites. Como foram as reuniões e o que achou da comunidade italiana residente no Rio de Janeiro?
CI — Ha già organizzato incontri con vari esponenti della collettività italiana, tra cui associazioni e Comites. Come sono andate le riunioni e che idea si è fatto della comunità italiana che risiede a Rio de Janeiro?
PMG — Sin dai primi giorni ho preso contatto e ho voluto incontrare tutte le associazioni, ritengo che l’associazionismo sia una risorsa molto importante per il Sistema Paese, e possono fornire un contributo rilevante per rafforzare la nostra presenza economica, culturale e anche la promozione della lingua italiana. Col Comites abbiamo stabilito un ottimo rapporto con il nuovo presidente, e ho partecipato alla loro prima riunione che si è tenuta a fine agosto. Devo dire che la collettività italiana qui è abbastanza diversificata perché accanto a una comunità storica, come si suol dire, che sono i discendenti della prima fase di immigrazione italiana, abbiamo anche nuove fasce di immigrazione che sono i ricercatori italiani, molto presenti qui a Rio, inoltre abbiamo molte aziende italiane, il personale di una business community italiana che ovviamente è molto importante. L’associazionismo dovrà affrontare come tutte le altre organizzazioni delle sfide che sono dovute anche all’evoluzione stessa della comunità, adeguarsi ai cambiamenti anche dal punto di vista tecnologico della comunicazione dei nostri giorni. Comunque è mia intenzione mantenere un contatto constante con le associazioni, un dialogo continuo anche attraverso incontri regolari, sono sicuro che in questo modo potremmo lavorare molto bene insieme a beneficio della comunità italiana.
CI — Além do estado do Rio, a circunscrição inclui o estado do Espírito Santo. Está planejando visitar o estado? Uma das reivindicações da comunidade ítalo-capixaba é ter uma agência consular. O que o senhor acha disso?
PMG — O Espírito Santo é um estado muito importante para o Consulado Geral do Rio. Sabemos que abriga uma das maiores comunidades de descendentes de italianos no Brasil e, também por esta razão, pretendo ir o mais breve possível para visitar Vitória. Será uma oportunidade para encontrar todas as realidades da comunidade italiana, as associações, as importantes empresas italianas presentes nos vários setores, e obviamente as autoridades locais. Tentarei, ao longo do meu mandato, reforçar a presença consular e ir mais frequentemente a Vitória. Também estou ciente desta iniciativa da agência consular, que já foi proposta ao Ministério italiano das Relações Exteriores e à Embaixada. Estamos aguardando uma avaliação sobre a viabilidade da abertura num estado que é certamente muito importante no Brasil pelas razões que disse há pouco.
CI — Oltre allo stato di Rio de Janeiro, la circoscrizione comprende anche lo stato di Espírito Santo. Ha intenzione di visitare lo stato? Una delle rivendicazioni della comunità italocapixaba è di avere un’agenzia consolare. Cosa pensa al riguardo?
PMG — Espírito Santo è uno stato molto importante per il Consolato Generale di Rio, sappiamo che ospita la maggiore comunità di discendenti italiani in tutto il Brasile, anche per questo motivo ho intenzione di recarmi nel più breve tempo possibile a fare una visita a Vitoria. Sarà l’occasione per incontrare tutte le realtà della comunità italiana, le associazioni, le importanti aziende italiane presenti nei vari settori, ovviamente le autorità locali e cercherò quanto più possibile durante il mio mandato di rafforzare la presenza consolare e di andare più frequentemente possibile a Vitoria. Sono anche al corrente di questa iniziativa dell’agenzia consolare che è stata già proposta al ministero degli Esteri e all’Ambasciata e siamo in attesa di una valutazione circa la fattibilità dell’apertura in uno stato senz’altro molto importante in Brasile proprio per i motivi che ho detto poc’anzi.
CI — Existem várias empresas italianas no Rio de Janeiro. Como pretende fortalecer as relações econômicas e comerciais com a Itália?
PMG — No Rio, existe uma importante comunidade empresarial. Muitas empresas optaram por ter uma sede própria no Rio de Janeiro. Existem grandes empresas, mas também pequenas. Nós calculamos cerca de 200 empresas italianas presentes no Rio de Janeiro em vários setores. O Rio também é um ponto de referência fundamental em alguns setores, em particular nas telecomunicações, com a presença da Tim; no setor energético e elétrico, temos a presença da Enel, da Saipem e de grandes empresas italianas. O estado do Rio também é importante em nível nacional no setor naval. Na construção naval é também sede de grandes empresas brasileiras e públicas, a começar pela Petrobras, mas também no setor da indústria cultural, como a Rede Globo, ou financeira, como o Banco de Desenvolvimento BNDES. Isso obviamente atribui ao Rio de Janeiro uma importância significativa para a nossa estratégia de internacionalização e promoção da relação econômico. Portanto, pretendo reforçar a coordenação com a Câmara de Comércio, que é muito ativa aqui no Rio de Janeiro, mas também com o escritório ICE de São Paulo, que é competente para todo o país, e com o escritório Enit para a promoção do turismo. Por isso, espero ao longo do meu mandato fortalecer a relação nesta área.
CI — A Rio de Janeiro sono presenti varie aziende italiane. Come intende rafforzare i rapporti economici e commerciali con l’Italia?
CI — No passado, os eventos culturais italianos no Rio eram mais numerosos e serviam para fortalecer a presença do Made in Italy. Ao longo do seu mandato, aumentará a promoção de atividades e iniciativas culturais?
PMG — Com certeza, essa é uma das prioridades do Consulado Geral. Pretendo fortalecer, junto com o Instituto de Cultura, que tem papel de destaque nesse setor, a programação de eventos culturais, que já agora é muito rica. Pretendemos iniciar uma atividade de planejamento de eventos para o próximo ano, que será uma promoção integrada o máximo possível, promovendo a cultura, mas também o Made in Italy e o estilo de vida italiano, que também terá outros sujeitos envolvidos, como a Câmara de Comércio e as empresas italianas, incluindo a Enit, ao seguirmos essa abordagem multissetorial integrada. Gostaria de tentar promover no Rio, como fazemos em toda a rede do Ministério das Relações Exteriores no exterior.
CI — Nel passato gli eventi culturali italiani a Rio erano più numerosi e servivano anche per rafforzare la presenza del Made in Italy. Durante il suo mandato, aumenterà la promozione di attività e iniziative culturali?
PMG — Sicuramente questa è una delle priorità del Consolato Generale, ho intenzione di rafforzare insieme all’Istituto di Cultura, che ha un ruolo di primo piano in questo settore, la programmazione degli eventi culturali che già ora è molto ricca. Abbiamo intenzione di iniziare un’attività di programmazione di eventi per il prossimo anno che sarà una promozione quanto più possibile integrata, che riguarderà sia la promozione della cultura, ma anche del Made in Italy, dello stile di vita italiano che potrà vedere coinvolte anche altri soggetti, quali la Camera di Commercio e le imprese italiane, l’Enit, seguendo questo approccio multisettoriale integrato vorrei cercare di promuovere a Rio come facciamo in tutta la rete all’estero del ministero degli Esteri.
CI — O seu último cargo foi como chefe do Escritório Central Europeu na Direção Geral da União Europeia. Como foi essa experiência?
PMG — Foi uma experiência muito importante. Ao longo dos últimos quatro anos, me ocupei das relações bilaterais com 10 países, nesta área geográfica da Europa, que começa nos Países Bálticos à Bulgária, através de países muito importantes como a Polónia e a Romênia, com os quais temos excelentes relações econômicas, uma presença de muitas empresas e por causa disto tem sido muito interessante. No entanto, temos tido alguns problemas, principalmente com os países do chamado grupo de Viségrad em relação à política emigratória na Europa, onde surgiram as diferenças principalmente no governo anterior e isso dificultou o diálogo político com esses países, mas ainda assim tem sido, no geral, uma experiência muito importante e positiva em relação à minha carreira profissional.
CI— Il suo ultimo incarico è stato come capo dell’Ufficio Europa Centrale presso la Direzione Generale per l’Unione Europea. Com’è stata questa esperienza?
PMG — È stata un’esperienza molto importante. In questi ultimi quattro anni mi sono occupato dei rapporti bilaterali con 10 Paesi, di questa area geografica dell’Europa che parte dai Baltici fino ad arrivare alla Bulgaria, attraversando anche Paesi molto importanti come la Polonia e la Romania, con i quali abbiamo eccellenti rapporti economico-commerciali, una presenza di tantissime imprese e quindi è stato da questo punto di vista assolutamente interessante. Abbiamo comunque avuto qualche problema, soprattutto con i Paesi del cosiddetto gruppo di Visegrad per quanto riguarda la politica emigratoria in Europa dove sono sorti delle divergenze soprattutto nel precedente governo e che ha reso più difficile il dialogo politico in questi Paesi, ma è stata comunque nel complesso un’esperienza assolutamente importante e positiva per quanto riguarda anche la mia carriera professionale.
CI — Em sua carreira diplomática o senhor viveu períodos importantes nas Embaixadas de Londres e Caracas, nos Consulados de Recife e Cantão, no Escritório da América Central e do Caribe e no Escritório da Europa Central. Quais são as lembranças que deixaram essas experiências?
PMG — Todas foram experiências muito interessantes que certamente enriqueceram a minha bagagem profissional. Minha primeira experiência em Recife foi talvez aquela que deixou uma recordação mais forte, sendo minha primeira sede no exterior, e graças a isso voltei aqui no Rio de Janeiro, depois de 20 anos. A experiência que tive na China também foi particularmente estimulante, sendo um país e uma cultura muito diferente da nossa, mas que apresenta um dinamismo muito forte e exigente também com relação ao trabalho. E, finalmente, Caracas foi provavelmente a experiência mais difícil devido às condições que atravessava o país já naquela época, quando eu trabalhava na Embaixada, que coincidiu com o fim do período do presidente Chaves, com sua morte, e a posse do novo presidente Maduro, no qual surgiram os primeiros sinais de instabilidade e de crise sistêmica, que, como vemos hoje, tornou-se uma crise humanitária. Essa foi provavelmente a experiência mais difícil no meu percurso de trabalho nas sedes no exterior.
CI — Nella sua carriera diplomatica ha già trascorso importanti periodi presso l’Ambasciata di Londra e Caracas, il Consolato di Recife e Canton, l’Ufficio America Centrale e Caraibi e l’Ufficio Europa Centrale. Che ricordo hanno lasciato queste esperienze a livello personale?
PMG — Sono state tutte esperienze molto interessanti che hanno arricchito sicuramente il mio bagaglio professionale. La mia prima esperienza a Recife forse è stata quella che ha lasciato il ricordo più forte, essendo stata anche la mia prima sede all’estero e anche questo mi ha portato poi a tornare nuovamente qui a Rio de Janeiro dopo 20 anni. Anche l’esperienza che ho avuto in Cina è stata particolarmente stimolante, trattandosi di un Paese e di una cultura molto diversa dalla nostra, ma che presenta un dinamismo assolutamente molto forte e impegnativo anche per il lavoro. E infine Caracas è stata probabilmente l’esperienza più difficile per le condizioni che attraversava il Paese già in quell’epoca lì quando sono stato io in Ambasciata, che ha visto la fine del periodo del presidente Chaves con la sua morte e l’avvento del nuovo presidente Maduro, periodo nel quale si vedevano già anche i primi segnali di una instabilità e di una crisi sistemica che poi si è rivelata negli anni successivi e come vediamo oggi è sfociata in una crisi di carattere umanitario. Quella è stata probabilmente l’esperienza più difficile fra queste che hanno riguardato il mio percorso delle mie sedi all’estero.
CI — Dois de seus filhos nasceram no Brasil. Sua família a acompanhou nesta nova experiência no Rio de Janeiro?
PMG — Sim, os meus dois primeiros filhos nasceram no Brasil: o mais velho Enrico, o segundo Giorgio, um no início do meu mandato e o segundo no final. Mas já se passaram 20 anos. Eles cresceram. O mais velho, nos próximos dias, começará a trabalhar na Inglaterra, depois de se formar em engenharia em julho na Universidade de Manchester. O segundo está frequentando a universidade também na Inglaterra. Então, nos acompanhou apenas minha filha caçula, Valeria, que agora está matriculada na escola britânica e tem 14 anos. Estamos pela primeira vez enfrentando uma missão no exterior num formato familiar menor do que no passado, com os dois filhos mais velhos que já percorrem seu próprio caminho.
CI— È vero che due dei suoi figli sono nati in Brasile? La sua famiglia l’ha accompagnata in questa nuova esperienza a Rio de Janeiro?
PMG — Si, i miei primi due figli sono nati in Brasile, il più grande Enrico, il secondo Giorgio, uno all’inizio insomma del mio mandato e il secondo verso la fine. Adesso però sono passati 20 anni, sono grandi, il più grande nei prossimi giorni inizierà a lavorare in Inghilterra, dopo essersi laureato a luglio in ingegneria all’Università di Manchester. Il secondo sta frequentando l’Università anche lui in Inghilterra e quindi ci ha seguito soltanto la terza, mia figlia più piccola, Valeria che adesso si è iscritta alla scuola britannica e ha 14 anni e quindi stiamo affrontando per la prima volta diciamo una missione all’estero in formato familiare più ridotto rispetto al passato con due figli più grandi che oramai hanno intrapreso la propria strada.