Ministros das Finanças e representantes de bancos centrais do G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) se encontram em Tóquio na quinta-feira e não há expectativas de grandes desdobramentos com a reunião, afirma a consultoria britânica Capital Economics em relatório divulgado hoje. 'No momento, não parece haver uma boa razão para que tenha desdobramentos significativos', diz o documento.
O encontro acontece antes da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o Banco Mundial, que será concluído no domingo.
Segundo a consultoria, funcionários dos governos de países do grupo já deram indicações de que as conversas não devem ser prolongadas e não deve ser divulgado um comunicado com os pontos que foram debatidos no encontro.
'Suspeitamos que qualquer pronunciamento possa expressar receios com os altos preços de petróleo e alimentos', diz a Capital Economics, lembrando que o G-7 já alertou duas vezes neste ano que está pronto para solicitar uma ação por parte da Agência Internacional de Energia, caso necessário.
Recentemente, o G-20 cancelou uma reunião de emergência para discutir o aumento dos preços de alimentos, afirmando que os mercados estão funcionando normalmente e que, no momento, não são necessárias intervenções.
Já o tom da reunião entre FMI e Banco Mundial foi estabelecido, após as projeções mais sombrias para a economia mundial, divulgadas no começo da semana. No último Panorama da Economia Mundial, relatório preparado trimestralmente pelo FMI, a estimativa de crescimento para a economia global caiu para 3,3% neste ano. A projeção da Capital Economics é um pouco pior: 3% em 2012.
'Com a reação amplamente negativa às projeções do FMI, autoridades devem tentar um tom mais otimista nos próximos dias. Sem dúvida, irão falar sobre as chances de os Estados Unidos evitarem o chamado 'abismo fiscal', diz o documento. A consultoria ainda acredita que o recém lançado Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) também deve entrar na pauta.
(Valor OnLine)