Maior companhia aérea do país foi colocada à venda
(ANSA)
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, cogitou nesta terça-feira (5) a hipótese de uma “intervenção do Estado” na Alitalia, maior companhia aérea do país e que foi colocada à venda.
Atualmente, a empresa está sob administração extraordinária do governo, mas apenas com o objetivo de repassá-la a outro grupo – a alemã Lufthansa e a britânica EasyJet estão entre os interessados na aquisição.
A venda era para ter sido concluída no início deste ano, mas a troca de governo atrasou o processo, que foi prorrogado para o fim de outubro. Também dificulta as tratativas o fato de que os grupos que apresentaram ofertas estejam reticentes quanto a adquirir a Alitalia como um todo.
“A única coisa a não ser feita é vender a Alitalia por pedacinhos. O turismo é nosso petróleo, e nós não podemos não ter uma companhia de bandeira forte. Se for preciso, haverá uma intervenção do Estado”, afirmou Salvini, também secretário da Liga e um dos fiadores do governo de Giuseppe Conte.
No entanto, ele não especificou que tipo de medidas a Itália poderia tomar para salvar a companhia aérea, que tem como acionistas a holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), com 51%, e o grupo árabe Etihad Airways, com 49%.
Apesar de o primeiro-ministro do país ser Giuseppe Conte, Salvini vem despontando como principal rosto do governo de coalizão com o Movimento 5 Estrelas (M5S). Embora o Ministério do Interior cuide de questões como segurança e migração, o secretário da Liga não hesita em comentar assuntos relativos a outras pastas, como a própria venda da Alitalia.
A administração extraordinária da empresa está sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Econômico, incorporado ao Trabalho e chefiado pelo líder do M5S, Luigi Di Maio, que vem se mantendo em silêncio sobre a questão.