Partidos italianos se voltam agora para formação de governo
O secretário federal do partido ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, afirmou que o próximo primeiro-ministro da Itália não pode ser da coalizão de direita — que contou com 37% dos votos nas últimas eleições, contra 32& do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
No último sábado (24), as eleições dos novos presidentes da Câmara (Roberto Fico) e do Senado (Maria Elisabetta Casellati) fizeram com que os partidos agora se voltassem para a formação do novo governo. Este que precisará ter maioria no Parlamento, o que nenhuma legenda é capaz de oferecer sozinha.
— No respeito de todos, o próximo premier não poderá não ser indicado pela centro-direita, a coalizão que teve mais votos e que ontem [nas eleições para o comando do Senado e da Câmara] demonstrou união, inteligência e respeito aos eleitores — escreveu Salvini no Facebook.
Os jornais italianos especulam que a aliança conservadora, ou até mesmo apenas a Liga, possa se unir ao M5S para governar. Porém, as tratativas teriam um obstáculo: a cadeira de primeiro-ministro, desejada tanto por Salvini quanto por Luigi Di Maio, líder do movimento antissistema. O M5S dificilmente abrirá mão do comando do governo.
— Será o presidente da República [Sergio Mattarella] a dar o encargo [para formar o governo] — contemporizou Beppe Grillo, fundador e figura mais conhecida do Movimento 5 Estrelas. As consultas oficiais com Mattarella devem começar logo após a Páscoa.