Longo (PD) e Lorenzato de Ivrea (Lega) são os nomes; Levará pelo menos mais uma semana para a proclamação oficial dos eleitos da circunscrição da América do Sul; há suspeita de fraudes de votos da Argentina
DA REDAÇÃO
Levará pelo menos mais uma semana para a proclamação oficial dos eleitos da circunscrição da América do Sul nas eleições para o Parlamento Italiano. Como antecipado por Comunità, há uma suspeição de que houve fraudes em cédulas e urnas argentinas. As atas de contagem foram enviadas ao Tribunal de Recurso de Roma pelos presidentes das seções de apuração em Castelnuovo di Porto. Até que a justiça avalie os documentos, nada é oficial.
Porém, caso o resultado do momento se confirme, os ítalo-brasileiros eleitos para a Câmara serão Luis Roberto de San Martino Lorenzato de Ivrea (Lega) e Fausto Guilherme Longo (Partido Democrático). As outras cadeiras restantes que cabem à América do Sul serão ocupadas por Mario Alejandro Borghese (Maie) e Eugenio Sangregorio (Usei).
Para o Senado, o ex-deputado italiano radicado no Brasil Fabio Porta (Partido Democrático) ficou atrás dos argentinos Ricardo Merlo (Maie) e Adriano Cario (Usei), ambos eleitos com expressiva margem de votos. Do Brasil, 24 candidatos disputaram o pleito.
A imprensa italiana repercute a confusa apuração dos votos do exterior. O episódio com as urnas da América do Sul é apenas um em muitos de outras circunscrições. É certo, no entanto, que uma reviravolta no quadro de eleitos poderá acontecer nos próximos dias. Os únicos dados já definitivos são os da América do Norte e Central.
A maioria dos 18 novos parlamentares eleitos nas eleições estrangeiras está concentrada na centro-esquerda. Dos 12 lugares ocupados na Câmara, cinco vão para o PD, três para a coalização de centro-direita. M5S, Maie, Usei e + Europa terão cada um uma cadeira na Câmara. Dos seis lugares no Senado, o Partido Democrata e acentro-direita terão cada um dois assentos. Maie e Usei ficaram com as duas cadeiras restantes.
A legislação que abriu 18 vagas no Parlamento a candidatos do exterior foi criada em 2001. Hoje, o Legislativo italiano é composto 945 parlamentares, dos quais 630 deputados e 315 senadores. O voto é facultativo na Itália.