O Senado da Itália aprovou na quinta-feira (11), por um placar de 180 a 50, um projeto de reforma constitucional que reduz o número de parlamentares em 36%
De acordo com o texto, a quantidade de deputados passaria de 630 para 400, enquanto a de senadores cairia de 315 a 200. A medida teve os votos dos dois partidos da base aliada, Liga e Movimento 5 Estrelas (M5S).
Já as legendas de centro e esquerda, que em 2016 apoiaram um referendo para tirar poder do Senado, votaram contra. O projeto já foi aprovado em dois turnos pela Câmara Alta e agora volta para uma última análise dos deputados.
“Estamos muito contentes pelo fato de que hoje, em terceira leitura, foi aprovada também no Senado a redução de quase 350 parlamentares da República. Agora falta apenas um tempo para marcar o gol definitivo”, comemorou o vice-premier e ministro do Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio.
No entanto, como não alcançou o apoio de dois terços dos senadores (210) e é improvável que o consiga entre os deputados (410), o projeto teria de ser submetido a referendo popular.
Exterior
A medida também reduz o número de parlamentares eleitos no exterior de 18 (12 deputados e seis senadores) para 12 (oito deputados e quatro senadores).
O governo prevê unificar o colégio eleitoral da América do Norte e Central (dois deputados e um senador) com o da África, Ásia e Oceania (um deputado e um senador), mas isso não é suficiente para se chegar ao novo número de eleitos no exterior.
Por isso, é provável que também haja cortes nas circunscrições da Europa (cinco deputados e dois senadores) e da América do Sul (quatro deputados e dois senadores). Atualmente, dois brasileiros ocupam assentos na Câmara: o governista Luis Roberto Lorenzato e o opositor Fausto Longo.
(com informações da ANSA)