Comunità Italiana

Senador retira emenda que restringia cidadania italiana

Nella foto distribuita dall'ufficio stampa il 23 maggio 2014 il blitz di Fratelli D'Italia al Colosseo dov'è stato esposto un tricolore di 40 metri con su scritto "Difendo ciò che amo. Io voto italiano". ANSA/UFFICIO STAMPA FRATELLI D'ITALIA +++NO SALES - EDITORIAL USE ONLY+++

 

O senador Claudio Micheloni, do Partido Democrático (PD), retirou uma emenda à Lei Orçamentária da Itália para 2018 que restringia o acesso à cidadania jus sanguinis (direito de sangue) no país.

Segundo a deputada brasileira do Parlamento italiano Renata Bueno, Micheloni acabou recuando “em virtude da polêmica” e da reação negativa ao projeto.

“Eu queria esclarecer que não haverá mudanças. Essa notícia acabou circulando em vários veículos de comunicação e provocou preocupação em milhares de descendentes que estão com processo de requisição da cidadania italiana em andamento. Todos podem ficar tranquilos, já que a proposta do senador não prosperou”, disse Bueno.

A emenda de Micheloni, eleito na Suíça, previa que a cidadania só fosse concedida para descendentes de até segunda geração, ou seja, apenas para filhos e netos de italianos. Já os bisnetos só poderiam solicitar o reconhecimento entre os 18 e 22 anos de idade.

Além disso, o senador queria exigir conhecimento básico de italiano e aumentar de 300 para 400 euros a taxa cobrada no processo. O valor foi instituído em 2014, para financiar os consulados e agilizar a tramitação dos pedidos, mas até hoje não foi repassado à rede consular.

A emenda surgiu no momento em que o PD, do primeiro-ministro Paolo Gentiloni, tenta introduzir o princípio do jus soli (direito de território) na legislação, medida que encontra resistência na ala conservadora do Parlamento.

O projeto pretende permitir que filhos de estrangeiros nascidos na Itália também tenham direito à cidadania, desde que respeitando alguns requisitos referentes ao tempo de residência em solo italiano. Do jeito que está hoje, o texto não altera o jus sanguinis. (ANSA)