Uma centena de pais preocupados com a próxima abertura de um sexy shop em San Giorgio a Cremano (Nápoles), se mobilizou fazendo uma coleta de assinaturas. A inauguração, em uma rua do centro da cidade e a poucos metros de duas escolas e de um instituto técnico, aconteceu dia 4.
A notícia já circulava há alguns dias, deixando intranqüilos os pais das crianças menores. Daqui a decisão de procurar Don Enzo Di Mauro, pároco da Igreja de Santa Maria del Carmine al Pittore, a poucos passos da nova loja, para pedir "um conselho".
No sermão dominical de 28 de setembro, o religioso falou do assunto e depois manteve vários encontros com os pais.
No sermão dominical de 28 de setembro, o religioso falou do assunto e depois manteve vários encontros com os pais.
"Na semana passada os pais me procuraram para falar sobre a inauguração desta loja e lhes disse que San Giorgio a Cremano é a Cidade das Crianças, e que a iniciativa me parecia contrariar este fato", explicou Di Mauro.
"No dia 1º voltamos a nos reunir para discutir a questão minuciosamente. Após a reunião, os pais partiram para a ação, com uma petição que será apresentada aos órgãos administrativos contra a inauguração da sexy shop", disse o religioso.
Este é o primeiro ponto de venda de mercadorias deste tipo nesta cidade italiana e muitos já se perguntam se os consumidores serão cidadãos locais ou se virão de fora.
Sobre a inauguração da loja, o assessor municipal para as Atividades Produtivas, Salvatore Petrilli, sugere não fazer julgamentos moralistas apressados. Petrilli informa que recebeu muitos telefones nestes últimos dias de cidadãos em busca de explicações ou esclarecimentos.
Sobre a inauguração da loja, o assessor municipal para as Atividades Produtivas, Salvatore Petrilli, sugere não fazer julgamentos moralistas apressados. Petrilli informa que recebeu muitos telefones nestes últimos dias de cidadãos em busca de explicações ou esclarecimentos.
"As licenças são emitidas pelo Guichê Único para as Atividades Produtivas e, neste caso, foi aprovada uma licença para a venda de produtos não alimentares. Posso garantir que vigiaremos a forma como a mercadoria será exposta e também estaremos atentos sobre o impacto desta loja", informou o assessor, acrescentando que talvez o alarde tenha sido um pouco exagerado. "O que importa é que não se ultrapassem os limites da decência", conclui.
Fonte: Ansa