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Editoriais

Sustentável e criativo

28 de junho de 2016 - Por Comunità Italiana
Sustentável  e criativo

 

A economia baseada nos princípios do “pegar, produzir, descartar” continua a reinar em toda a civilização ocidental. Mas o desenvolvimento econômico assim como o conhecemos está em rota de colisão com a disponibilidade de recursos e com um índice: o mundo está submerso por 11 bilhões de toneladas de descartes e somente 25% desse total é tratado e reutilizado pelo sistema produtivo. O restante, conforme análise publicada no livro Circular Economy, é uma oportunidade perdida que se acumula em lixões e locais inadequados pelo mundo. Isso porque, em valores, significa dizer que anualmente estão sendo desperdiçados um trilhão de dólares.

Os cidadãos da pequena Capannori, na província de Lucca, com 46 mil habitantes, parecem ter a consciência exata do assunto em questão. Eles, junto com outros quatro milhões de cidadãos de outras 223 cidades italianas, aderiram ao programa estratégico “Desperdício zero”, com o objetivo de coleta diferenciada em larga escala, mais de 70% de reciclagem, e reuso do que é jogado fora pela população e impostos pagos com base no que é descartado. Em 2015, o campeão absoluto da reciclagem foi o “paesino” Ponte nelle Alpi, que tem 8.500 habitantes e fica muito próximo a Belluno. Eles chegaram ao virtuoso número de 90% de utilização do que entraria no peso do lixo produzido por lá. Parecem realidades distantes de nós, mas a função da nossa publicação é também trazer exemplos que dão certo para inspirar quem possa transformar, para melhor, a nossa sociedade. E não faltaram mazelas neste caminho italiano. Basta pensar que boa parte da coleta de lixo, principalmente do Sul, estavam nas mãos de organizações mafiosas e há pouco mais de dois anos os lindos cartões-postais napolitanos estavam lotados de imundíce por conta de uma briga entre a prefeitura e a empresa que deveria prestar o serviço de recolhimento. Hoje, das pouco mais de oito mil cidades da bota, 1.500 participam da iniciativa da associação Legambiente e, segundo o Eurostat, a taxa de reciclagem do país passou de meros 17,6% de 2004 para 42,5% em 2014. Não se trata de um problema cultural, mas de organização social e vontade política. Além disso, se a retórica ambientalista por longos anos foi indiferente diante da ação dos consumidores, hoje existe um retorno econômico. As empresas entenderam que a economia circulante traz uma clara vantagem para os custos e muitos dos clientes finais mudaram a relação com os fornecedores e, ao invés da posse, se interessam pela divisão de produtos e serviços.

A criatividade é outra aliada. Foi assim com a start-up de Antonio Di Giovanni e Vincenzo Sangiovanni que, conforme matéria publicada pela Comunità, transformam as capsulas usadas de café em vasinhos de cogumelos, contando com investimento de um empreendedor japonês. Ou com a fibra de casca de laranjas e de limões transformada em tecido pelas sicilianas Adriana Santanocito e Enrica Arena, da Orange Fiber. O Japão é outro celeiro de boas soluções. A Starbucks de Tokyo, por exemplo, transforma o café descartado em comida para vacas que, segundo estudos, fazem com que os animais passem a produzir leite de melhor qualidade que depois é usado pela própria rede. Em Treviso, a cidade de Spresiano construiu a primeira empresa europeia de reciclagem de fraldas. Elas são transformadas em grãos de plástico e em matéria orgânica para celulose. Este projeto, cofinanciado pela União Europeia, consegue transformar uma tonelada de fraldas descartáveis em 350 quilos de celulose e em 150 quilos de plástico. Em Trento, a Levi’s faz jeans a partir do nylon de redes de pesca descartadas.
E, para o bem, não são poucas as ações que visam a melhor utilização do que nós consumimos. Nesta edição, trazemos algumas atitudes que mudam a vida de muitas pessoas e entrevistas exclusivas com personalidades que descrevem algumas realidades do nosso cotidiano.

Boa leitura!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.