Empresa de Milão líder no fornecimento de plataformas para jornais e revistas abre filial em São Paulo
Vinte mil jornalistas, todos os dias, procuram notícias nas plataformas da EidosMedia. A empresa milanesa, nascida em 1999, é excelência mundial no desenvolvimento de sistemas multicanais destinados a empresas editoriais. A ponta de diamante da procura é a plataforma Méthode, utilizada por mais de 600 cabeças do globo: do Wall Street Journal à Times, passando por Le Figaro, Washington Post, Financial Times, The Sun, China Daily e L’Equipe, e incluindo os italianos como Corriere della Sera, Sole 24 Ore e Gazzeta dello Sport. Os veículos recorrem ao inovador sistema de publicação capaz de criar informações e conteúdos, publicando-os paralelamente em muitos canais de distribuição, ou seja, papel impresso, internet, smartphone, tablet e outros suportes.
— Hoje se fala em redação convergente. Cada redator é obrigado a relacionar-se com diversos suportes multimídias e com sistemas editoriais sempre mais complexos, e o nosso objetivo é aquele de simplificar a vida deles. Outro conceito fundamental é a flexibilidade, que é o verdadeiro motor da nossa empresa, como demonstra a história da companhia. Em 1999, quando iniciava o boom da internet, iniciamos o desenvolvimento de um software aberto, que pudesse ser melhorado de acordo com a evolução tecnológica — observa Massimo Barsotti, diretor de marketing da empresa.
A companhia se alimenta das novas tecnologias, mas se volta também para o papel impresso, que, entretanto, corre o risco de ser substituído pelas novas mídias.
— Do nosso ponto de observação, o impresso pode continuar tranquilamente com o seu lugar. É fundamental criar a sinergia justa entre o canal digital, no sentido da tempestividade e aquele do papel, dedicado ao aprofundamento e enriquecido com encartes e especiais. Atingir o equilíbrio justo é possível e confirmam isso os numerosos casos de sucesso dos nossos clientes. A apresentação do produto é muito importante, bem como os conteúdos. Uma revista bem paginada, rica de imagens e infográficos, tem maiores possibilidades de se destacar — avalia Barsotti, elogiando a revista Comunità.
— Li o último número. Bem feita e muito interessante.
Nova filial em São Paulo para abraçar o jovem mercado brasileiro
Com um faturamento anual de 35 milhões de euros, a companhia conta com a colaboração de mais de 200 profissionais nas várias filiais do globo. Depois de ter desembarcado na França, na Alemanha, nos Estados Unidos e na Austrália, atracou recentemente no Brasil, abrindo uma sede no coração de São Paulo.
O país representa um mercado particularmente oportuno:
— É um mercado muito jovem, que apresenta alguns atrasos na adoção de smartphones e tablets, próximos de serem compensados. Por isso, oferece oportunidades verdadeiramente interessantes — afirma o executivo.
Os atrasos, às vezes, podem até representar uma vantagem competitiva:
— Nos países emergentes como o Brasil, as últimas gerações de leitores saltaram os passos intermediários, serviram-se pouco dos computadores e se apropriaram diretamente dos smartphones e dos tablets, mesmo a classe mais baixa. Isto nos permite desenvolver projetos mais inovadores, diferentemente do que ocorre nas economias mais maduras, que trazem consigo velhas etapas obsoletas.
Barsotti parece particularmente impressionado com o profissionalismo no país.
— Existe uma ampla gama de redatores dinâmicos e frescos, com ampla bagagem de competências tecnológicas, mas há também muita margem para melhorar, pois os fornecedores de soluções tecnológicas, até agora, tem tratado o Brasil como um país de série B.
A aterrissagem em solo brasileiro constitui apenas o primeiro passo para a Eidosmedia:
— Será a nossa ponte com a América Latina. Olhamos com interesse também para Colômbia, Argentina e Chile.
Para manter competitividade, a empresa investe cerca de 10% dos ativos em pesquisa e desenvolvimento. Os investimentos para explorar a utilidade da linguagem html nos aplicativos para tecnologia móvel também são consideráveis.
— A dificuldade de produzir conteúdos para mobile, ou seja, smartphones e tablets, vem da enorme variedade de dispositivos, formas e telas, que torna necessário ter os conteúdos capazes de se adaptar aos vários dispositivos — conclui.