Os dois suspeitos de participar do ataque à revista francesa “Charlie Hebdo” que continuam foragidos estão cercados em uma casa no norte da França, a cerca de 70 km de Paris. Policiais preparam operação para deter os criminosos.

Dois dos responsáveis pelo atentado foram localizados nesta manhã (8) em Villers-Cotterets, uma cidade da região da Picardia, a cerca de 85 quilômetros de Paris, informou o site “Le Parisien”.
Homens foram reconhecidos quando após roubarem um posto de gasolina. Dono do estabelecimento disse que “os homens estão encapuzados, com [fuzis] Kalashnikovs expostos e lançadores de foguetes”.

O mais jovem dos três homens envolvidos no atentado que deixou 12 pessoas mortas na última quarta-feira se entregou a Polícia na última madrugada após uma operação na região de Reims. Amid tem 19 anos e os investigadores suspeitam que ele estivesse atrás do volante durante o ataque, o que ele nega.

Identificados como Said e Cherif Kouachi, os irmãos extremistas de 34 e 32 anos, respectivamente, voltaram recentemente à França Após passar por treinamento na Síria, diz a mídia local.

Polícia teria chegado aos terroristas a partir de um carteira de identidade esquecida no veículo usado para fuga do local do crime.

Outras sete pessoas ligados aos criminosos também foram detidas de forma preventiva. De acordo com o “Le Monde”, ação em Reims mobilizou mais de 3 mil oficiais.

Cerca de 88 mil homens foram mobilizados pelas autoridades francesas para capturar os dois suspeitos, informou o Ministério do Interior.

Tiroteio

Um tiroteio no sul de Paris, que deixou ao menos uma policial morta, voltou a assustar os franceses na manhã de hoje.

Um homem vestindo um colete de balas abriu fogo na região de Montrouge, deixando, além da oficial, uma faxineira ferida.

Autoridades, no entanto, acreditam que ataque não está ligado a atentado na sede da “Charlie Hebdo”.

Explosão

Em Villefranche-sur-Saone, na região de Lyon, um restaurante de kebab próximo a uma mesquita foi alvo de explosões. A detonação não causou vítimas, no entanto.

Ainda não existem informações se o crime foi fomentado pelo episódio de violência na sede da publicação humorística.

Vigília

Milhares de franceses saíram às ruas na útlima noite em vigília pelas vítimas do ataque. Com velas e cartazes dizendo: “Je suis Charlie” (algo que pode ser traduzido como “Somos todos Charlie”), pessoas pedem liberdade de imprensa no país.

Atos semelhantes foram realizados em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, onde um grupo se reuniu em São Paulo no vão do Masp. (ANSA)