O ministro italiano das Relações Exteriores, Giulio Terzi, criticou hoje a violência que está se espalhado em vários países muçulmanos por conta de um filme e de charges que ridicularizam o profeta Maomé.
"Não é admissível nenhum pretexto para incitar a violência difundida ou individual e até provocar atos de terrorismo, que podem até ser gerados por desenhos de grupos ou pessoas que veem no próprio desencadeamento destas emoções uma forma para incitar episódios de violência", disse Terzi.
Para o chanceler também "não é admissível, de forma nenhuma, zombar e brincar com valores importantes para o indivíduo e para milhares de fiéis".
"É uma linha tênue, mas clara" a que separa a liberdade de religião da liberdade de expressão e "o código penal italiano, inclusive nas suas últimas atualizações, define o crime de difamação religiosa", afirmou ele.
"É absolutamente legitimo por parte dos governos o bloqueio de sites com comportamentos negativos, de instigação ao ódio, de se negar a entender o outro, assim como sites que têm um apelo criminoso", defendeu Terzi.
O ministro participou hoje de um evento na Farnesina, a sede da chancelaria italiana, que apresentou o Anuário italiano dos Direitos Humanos. (ANSA)