Infectado pela bactéria Clostridium tetani, jovem italiano de 10 anos apresenta o primeiro caso de tétano no país nos últimos 30 anos.
Enquanto passava férias com a família na Sardenha, o menino sofreu uma queda de bicicleta causando um corte no rosto, o qual foi a origem da infecção. Ele foi levado para um hospital local e, segundo nota divulgada pelo hospital, não corre riscode vida.
A bactéria causadora do tétano apresenta vacina disponível no mercado, entretanto, por decisão dos pais, o menino não havia sido vacinado, o que causou a evolução da doença até que o menino precisou ser internado no último sábado (24), apresentando sinais avançados do tétano, como a paralisia facial.
“É um caso de absoluta raridade. O tétano é uma doença não contagiosa que pode ser considara desaparecida da Itália entre as crianças por conta da vacinação antitetância. Como confirmou o Instituto Superior de Saúde e o hospital Gaslini de Gênova, não se registravam casos de tétano em crianças há mais de 30 anos”, disse o diretor da Unidade Pediátrica do San Martino, Giovanni Zanda.
Lei da vacinação obrigatória em crianças
O caso é mais um a entrar na polêmica sobre a vacinação de crianças na Itália. Nos últimos anos, os movimentos antivacinais ganharam força no país e, segundo as autoridades, por conta disso, doenças que haviam sumido reapareceram.
O sarampo, por exemplo, voltou a registrar um crescimento de mais de 540% em 2017, segundo dados da ANSA, com mais de três mil casos registrados só nos primeiros meses desse ano. Por causa do aumento, o governo baixou uma lei que obriga que crianças de zero a 12 anos sejam vacinadas para poder frequentar as escolas.