Proposta havia sido apresentada pelo fundo Elliott Management
A empresa italiana TIM rejeitou um plano apresentado pela gestora de recursos norte-americana Elliott que prevê uma “redução radical de seu perímetro”. O que inclui a fusão da filial no Brasil com um “operador local”.
Nas últimas semanas, a Elliott Management acumulou ações da TIM na Itália – sua participação gira em torno de 5% a 10%. A intenção é fazer frente ao grupo francês Vivendi, dono de 23,94% da operadora e seu principal acionista.
O objetivo do fundo norte-americano é eleger representantes no conselho de administração da TIM. Além de apresentar um plano estratégico próprio, que vai de encontro aos projetos da Vivendi.
“No Brasil, uma combinação com um operador local como a Oi, poderia aumentar a pressão financeira no curto prazo sobre a TIM, dado o perfil financeiro da Oi. E, por consequência, colocaria em risco o sucesso do plano estratégico”, diz a administração da TIM.
Segundo comunicado da empresa, isso mudaria “drasticamente” o perfil de geração de caixa da filial brasileira. A qual foi alvo nos últimos anos de recorrentes especulações sobre uma fusão com a Oi, companhia que está em recuperação judicial.
Na visão da atual gestão da TIM, a “redução radical do perímetro” não representa uma estratégia sustentável no longo prazo e “não é a melhor maneira de agregar valor”. A Elliott acusa a Vivendi de fazer uma “péssima administração” da TIM, enquanto os franceses dizem que a gestora quer “desmantelar” a operadora.
A assembleia de acionistas da TIM se reunirá no dia 24 de abril, enquanto o conselho de administração será renovado em 4 de maio.
(com informações da ANSA)