{mosimage}Restaurante inaugurado na zona norte enriquece o roteiro gastronômico do Rio com cardápio inspirado na Sardenha em clima de informalidade
Rio de Janeiro – A maioria esmagadora dos restaurantes italianos do Rio fica na zona sul, a região mais nobre e cara da cidade. Inaugurada no início do ano no coração da zona norte, a Casa do Sardo oferece uma opção gastronômica para os cariocas dos outros bairros, inclusive para os executivos cansados de almoçar nos rodízios do centro, que fica a poucos quilômetros dali. Em clima de trattoria, o cliente se sente em casa e ao mesmo tempo degusta o melhor da culinária italiana sem precisar ir à zona sul por um preço acessível.
Há pouco mais de dois anos no Brasil, os dois chefs originários de duas ilhas de mágicos sabores — Silvio Podda, da Sardenha, e Paolo Di Bella, da Sicília — escolheram o histórico bairro de São Cristóvão, para servir autênticas massas feitas com farinha italiana grão duro 00, como o inhoque de batata baroa, o caneloni de ricota e espinafre, e o culurgiones, ravióli típico sardo com queijo pecorino e hortelã. O ambiente é tão aconchegante que da mesa o cliente pode ver Silvio e Paolo no comando da cozinha.
O forte da casa são os frutos do mar, especialidade sarda. A ilha do Mediterrâneo, ocupada por nuragues, mouros, bizantinos e catalães, traz em seus pratos elementos incorporados ao longo dos séculos. Eles estão nos petiscos, como os fritos mistos de lula, camarão, polvo e filé de peixe; e nos pratos principais, como a carbonata di mare e a aragosta alla catalana, que leva salada de tomate, aipo, cebola vermelha, azeite, vinagre balsânico de Modena e limão siciliano. No entanto, o filé mignon flambado com vinho tinto acompanhado de risotto preto, o Nero Nero, também é muito pedido.
A carta de vinhos reúne, além dos italianos, rótulos chilenos, argentinos e brasileiros. O tiramissù ao mascarpone ou a torta de maçã são as opções da casa para acompanhar o ca fé expresso.
Espécie de “centro cultural” informal, na Casa do Sardo o cliente pode almoçar com a família ouvindo música ao vivo aos domingos, aprender mais sobre a Itália através de uma conversa com os proprietários, sempre muito acessíveis, e ouvir as bandas que tocam à noite. Fazem parte da decoração as bandeiras da Sardenha (com os quatro mouros) e da Sicília (com o tríscele). Durante a semana, o cliente pode esbarrar com alunos do curso do Instituto Italiano de Cultura, executivos que trabalham no centro e moradores de um dos bairros cariocas mais tradicionais. Tudo isso em um clima muito informal, típico de uma autêntica trattoria.
Culurgiones(ravióli típico sardo)
Ingredientes:
1 kg de batatas selecionadas
600 g de farinha italiana grano duro 00
azeite extra virgem
2 dentes de alho vermelho
folhas de hortelã
queijo pecorino
queijo parmiggiano reggiano
2 ovos
Molho de tomate feito com 50% de pomodori pelati e 50% de tomate fresco
Preparo:
Lave e cozinhe as batatas com a casca, tire da água uma por vez, descasque e amasse, fazendo um purê. Junte o azeite morno com o alho levemente dourado, as folhas de hortelã cortadas finas, um pouco de sal, e junte o pecorino e o parmiggiano ralado. Una com a mão rapidamente e conserve em uma tigela com um pano por cima. Faça a massa com a farinha, os ovos, o azeite, sal e água, abrindo-a até que fique bem elástica. Arrume-a em discos nos quais o recheio deve ser colocado com uma colher.
Fechamento dos Culurgiones
Os culurgiones devem ser decorados em um trabalho muito artesanal, quase de “costura”. Cozinhe-os em água quente com sal e escorra-os quando subirem. Coloque em um prato raso e junte molho de tomate e queijo ralado.
Acompanha o vinho tinto sardo Perdera Monica. Rende 8 porções.
Serviço: Aberto para o café da manhã, almoço e jantar de segunda a sábado, das 7h à meia-noite.Aos domingos, das 11h às 17h.
Rua São Cristóvão 405 – São Cristóvão – Rio de Janeiro
Tel (21) 2501-9848