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Três atentados no Egito deixam ao menos 5 mortos

Três ataques suicidas e com bombas deixaram pelo menos cinco mortos e mais de 80 feridos hoje, 24, no Cairo, durante a vigília no terceiro aniversário da revolta que culminou na queda do ditador Hosni Mubarak. 
    A primeira explosão ocorreu no centro do Cairo. Um suicida a bordo de um carro com cerca de 500 kg em explosivos detonou próximo à sede da polícia da capital do Egito. Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas. De acordo com o general Mohammed Gamal Shawuki, o autor do atentado é um homem de cerca de 30 anos originário de Beni Suef.
    Pouco depois, uma bomba explodiu no bairro de Dokki, próximo a uma estação de metrô, matando ao menos uma pessoa e ferindo oito. Nesse caso, os alvos do ataque também eram policiais.

    A terceira explosão foi causada por um artefato artesanal e ocorreu próxima a uma delegacia de polícia em Talbeya, em Giza, a cerca de 20 quilômetros do Cairo. Nenhuma pessoa morreu ou ficou ferida.

    O grupo jihadista Ansar Bayt al-Maqdis, responsável por alguns ataques no Egito, principalmente em Sinai, reivindicou pelo Twitter o primeiro ataque. “Este atentado é direto contra as forças de segurança, infiéis e sanguinários”, diz o anúncio. O grupo ainda escreveu que “continuará a jihad” e que “Alá acolherá no paraíso os mártires que participaram das operações”.
    A sede da polícia alvo do primeiro ataque ficou destruída. O Museu de Arte Islâmica, que fica em frente ao prédio da polícia, também sofreu graves danos. “Um edifício do museu caiu, oito manuscritos foram destruídos e a maior parte do acervo sofreu danos”, explicou uma fonte. Para a arqueóloga egípcia Monica Hanna, a destruição foi uma “catástrofe” e “uma grande e dramática perda para o Egito e para o mundo inteiro”. (ANSA)