A Justiça de Palermo, no sul da Itália, decidiu nesta terça-feira (19) suspender as primárias do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e impedir, assim, que Giancarlo Cancelleri seja o representante da sigla para disputar o governo da região nas eleições de outubro.
A ação na Justiça foi aberta pelo ativista Mauro Giulivi, que não pode disputar as chamadas “regionais” porque não assinou o chamado “Código de Ética” do M5S dentro do prazo. Em primeira instância, no dia 12 de setembro, a 5ª Sessão Civil do Tribunal de Palermo deu razão a Giulivi por considerar que a assinatura desse documento não era motivo suficiente para excluir alguém da disputa.
Agora, o Tribunal ratificou a decisão da primeira instância, o que, na prática, obriga a legenda a fazer uma nova escolha.
No entanto, o líder do Movimento, Beppe Grillo, informou que o partido não acatará a decisão e que manterá Cancelleri na disputa. “Cancelleri era, é e será o candidato ao governo pelo M5S”, escreveu Grillo em seu blog.
Segundo o partido, não há mais tempo hábil para fazer uma votação para indicar um novo candidato já no próximo dia 23.
“À luz do decreto do Tribunal de Palermo, o Movimento Cinco Estrelas anuncia que, exercitando seu direito, entrará com um recurso para fazer valer suas próprias razões. O tempo para esperar o fim do procedimento e para renovar a votação infelizmente não existem mais”, emitiu em nota a sigla.
Prévias nacionais
Nesta última segunda-feira (18), o M5S encerrou as inscrições para que membros do partido pudessem se inscrever ao cargo de premier nas próximas eleições nacionais. Com a votação on-line, a sigla se compromete a escolher o eleito como seu principal representante durante a campanha para o pleito de 2018.
O “favorito” é um dos exteriores do partido, Luigi Di Maio, que enfrentará outros seis ativistas. Vincenzo Cicchetti, 61 anos, Andrea Davide Frallicciardi, 39, Domenico Inspirato, 54, Gianmarco Novi, 40, Nadia Piseddu, 28, e Elena Fattori, 51, estão na disputa. (ANSA)