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Home > Um museu de grandes novidades

Um museu de grandes novidades

14 de abril de 2015 - Por Comunità Italiana
Um museu de grandes novidades

Um museu de grandes novidades“Reabertura” do museu egípcio de Turim é marcada pela internacionalização e pela ampliação dos espaços expositivos, onde a tecnologia desempenha papel fundamental

O rio Pó que corta Turim não é o famoso Nilo, mas só faltava uma pirâmide à sombra “da La Mole Antonelliana” para transformar a capital do antigo reino da Itália no antigo Egito. Exageros à parte, a reabertura do Museu Egípcio, que detém a segunda maior coleção do mundo atrás apenas daquela do Cairo, revigora o tecido cultural da cidade e convida todos a conhecerem de perto os hábitos e os costumes de súditos e faraós em uma viagem ao passado através de sarcófagos e papiros, múmias, sandálias e joias reais — com informações multimídia e legendas em árabe, inglês e italiano. O museu de grandes novidades se apresenta depois de três anos e meio de trabalhos a portas abertas, pois nunca as fechou, para a alegria dos quase 600 mil  visitantes do ano passado e os 50 milhões de euros recolhidos pela fundação Museo Egizio, com capital público e privado. O local dobrou de tamanho na superfície, pois abraçou a ex-Galleria Sabauda, se desvinculou da palavra Torino no símbolo, sinalizando a sua internacionalização, e mergulhou na conexão 2.0. O vasto acervo foi valorizado e compartilhando com visitantes reais e virtuais.
A ambição é a de se tornar o segundo mais visitado museu do mundo, como revelou o jovem diretor italiano para os padrões locais, pois tem menos de 40 anos. O egiptólogo Christian Greco, desembarcado em Turim um ano atrás, vivia e trabalhava na Holanda como professor na prestigiosa Universidade de Leiden, da qual foi aluno depois do diploma em Letras, em Pavia. Motivos para alavancar o público não faltam, além do mais estando em uma cidade com grande sedução turística a 360 graus, a menos de uma hora de trem da Expo 2015. Além de espaço expositivo, participa do circuito de pesquisas e estudos sobre o Egito Antigo e se propõe como um catalisador de eventos e integração com outras instituições de prestígio. Para comprovar tal colaboração, a abertura conta com peças emprestadas do Museum of Fine Arts, de Boston, do Neus Museum, de Berlim, e da coleção do Sistema Museale, da Universidade de Pisa.
 
Mais de seis mil peças organizadas em nove mil metros quadrados
Os números impressionam: 6.500 objetos estão distribuídos por nove mil metros quadrados de área, o dobro da anterior, com atenção maníaca aos detalhes. Ao longo das escadas rolantes, o cenógrafo multipremiado com o Oscar, Dante Ferretti, imaginou um imenso mapa, realizado com material encontrado na época dos faraós, que conduz o visitante como um viajante de Assuan até Alexandria, segundo o traçado do Nilo. O projeto arquitetônico de Aimaro e Saverio Isola, pai e filho respectivamente, conseguiu transformar um velho prédio barroco de 400 anos em um moderno edifício, sem perder a originalidade. O desafio era reformar e ampliar sem destruir. A cidade foi bombardeada na Segunda Guerra e algumas feridas abertas no prédio tinham sido “cicatrizadas” sem muito cuidado estético. Picaretas e pincéis conviveram no canteiro de obras em harmonia, onde preservar e conservar eram palavras de ordem, ao lado do vocábulo modernizar. O resultado final é um museu com livraria, laboratórios, guarda-roupa, cafeteria e amplos espaços para a luz natural.
As escadas rolantes cobrem 24 metros de altura e levam os visitantes ao ponto mais alto, fazendo parte dos dois quilômetros de trajetos internos que percorrem mais de cinco mil anos de história. É possível admirar peças das coleções que ficaram anos esquecidas nos almoxarifados, como sarcófagos deixados na escuridão das pirâmides. Como quem concretiza a ilusão dos faraós de atingirem a vida eterna, eis que ganham uma vida à luz do terceiro milênio. Muitos objetos estão acompanhados de filmagens que relatam as escavações e informam sobre suas conexões com outras peças localizadas em diferentes instituições espalhadas pelo mundo, detalhe que dá vida a uma rede de conhecimento sem fim. Reconstruções digitais e gráficas reproduzem com fidelidade as tumbas de Kha e de Nefertari, e a capela de Maia. Adultos e crianças ganham guias audiovisuais diferentes. Em suma, o Baixo e o Alto Egito revivem às margens do Pó, rio que serpenteia entre as doces colinas de Turim, capital europeia daquela fascinante civilização.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.