{mosimage}Comitiva brasileira de jornalistas e operadores turísticos é recebida por autoridades em Salerno com o objetivo de mostrar à opinião pública brasileira o valor de uma das regiões italianas de maior potencial turístico
“O turista brasileiro não conhece o Cilento e a Costa Amalfitana, pelo menos não o bastante. Com frequência, vai mais ao norte, em Capri e Pompeia. Além disso, há a barreira do tempo, barreira às vezes cultural pelo fato de não saber o que existe além das montanhas que separam o Cilento e a costa da planície partenopea”.
Foi assim que Massimo Bellelli, ex-cônsul italiano no Rio de Janeiro, entre 2006 e 2009, e atualmente ministro plenipotenciário responsável pelas relações sociais e econômicas com o Oriente Médio, sintetizou o motivo que levou o presidente da Câmara Ítalo-brasileira de Indústria, Comércio e Agricultura do Rio, Pietro Petraglia; o presidente da associação de pequenas e médias empresas do comércio, turismo e serviços, a Confesercenti de Salerno, Enrico Bottiglieri; a diretora do mesmo órgão, Bianca Cecaro Pierri — em colaboração com a Câmara de Comércio de Salerno, a província e o Parque Nacional do Cilento — a organizarem um tour educativo para uma delegação brasileira. O objetivo era fazer com que se conhecessem de perto as excelências do Cilento e da Costa Amalfitana e as propostas turísticas oferecidas pelos operadores turísticos.
— O Cilento é um território mágico. Além da exuberante natureza de rica fauna, floresta e mar, ainda tem atrativos na história milenar de seu território conhecido pelo período da Magna Grécia e pela dieta mediterrânea à disposição de quem visita este pedaço pouco explorado da Itália e que é um Patrimônio da Humanidade — ressalta Petraglia, que busca maior interação entre as excelências salernitanas e cariocas.
Da delegação verde-amarela fizeram parte a editora de Ciência e Saúde do jornal O Globo, Ana Lúcia Azevedo; Marcos Cezar Motta Secco, do departamento de relacionamentos corporativos da CVC; Ana Lúcia Ferreira Riveiro, da Marsans Departamento Corporativo; Haroldo Enéas Barros de Campos, relações públicas e opinion leader; e a jornalista da Folha de S. Paulo, Denise Maria Luna de Oliveira. O grupo desembarcou na Itália em 21 de outubro e, no arco de 11 dias, pôde conhecer e avaliar os pontos de força e a peculiaridade da indústria e do turismo do Cilento e da Costa Amalfitana, visitando as cidades cilentanas de Castellabate, Velia, Acciarioli, Prignano Cilento, Morigerati, Padula, Paestum, Pertosa, Palinuro e Marina di Camerota, além dos comuni litorâneos de Maiori, Minori, Amalfi, Positano e Ravello.
Deu-se mais atenção aos pontos em sintonia com a preferência dos turistas brasileiros, cuja presença tem aumentando no Belpaese, graças ao boom econômico vivido pelo país. Trata-se de um mercado ao qual a região italiana olha com muita atenção, conforme narrado em uma transmissão pelo jornalista da RAI Gianfranco Coppola, que moderou a coletiva de imprensa inicial do tour. A delegação apreciou muito os tesouros de arte, os sítios arqueológicos, a dieta mediterrânea e as paisagens de um território sem contaminações que merece uma maior valorização turística, caracterizado por uma morfologia particular que mantém próximos o mar e os montes e oferece cardápios diferenciados, além do azeite extra virgem de altíssima qualidade.
— Em tour pela cidade, a delegação visitou os monumentos principais. A reação foi ótima e estamos contentes de como eles perceberam a qualidade da nossa oferta turística — comenta o presidente da Associação de Hoteleiros de Amalfi, Gennaro Pisacane.
Da parte do diretor dos Museus Integrados do Ambiente, Virgilio Gay, ouvimos comentários análogos:
— Aqui em Pertosa, eles apreciaram muito as grutas dell’Angelo com o inovador Speleo-Teatro e a típica alcachofra branca. É desejável um projeto de expansão entre o Cilento e o Brasil para olhar um novo mundo e um desenvolvimento em comum.
Há ecos nas palavras do presidente do Consórcio Ravello Sense, Giorgio Vuilleumier:
— O nosso consórcio, composto por 76 empresas, nasceu com a intenção de elevar a qualidade dos serviços para propor-se ao mercado. A costa não é somente mar, mas também interior, com percursos de trekking. Estamos certos de que o mercado sul-americano pode encontrar aquela qualidade que todos procuram — resume.
Resta, agora, a necessidade, levantada por alguns componentes da delegação brasileira, de ter um só interlocutor com o qual interagir por uma promoção turística adequada à qualidade e às ofertas de um território esplêndido que, como o brasileiro, pode se gabar do privilégio de ter sido “esculpido por Deus”.