O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, afirmou na CPI da Petrobras que o partido não está envolvido no esquema de corrupção na estatal.
“Senhor deputado, não”, respondeu o dirigente petista a um questionamento feito pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Ele repetiu que “não são verdadeiras” as declarações que o envolvem feitas nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da empresa Pedro Barusco. Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), Vaccari disse que recebe um salário como dirigente do PT, mas não quis revelar o valor. “Sou remunerado pelo PT, o valor faz parte do sigilo do meu imposto de renda”, respondeu.
Ele ainda criticou o fato de Côrtes perguntar somente sobre o jeton que recebia como integrante do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Ele já havia dito que esteve no posto, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e janeiro de 2015. “O que me estranha é o seu questionamento sobre o meu vencimento, obrigado”, disse, laconicamente.
Antes da uma pausa na sessão da CPI, o tesoureiro rebateu o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que o criticou pessoalmente e disse que testemunha é prova, sim. “Delação não é prova. Eu não aceito as ofensas que o senhor fez à minha pessoa”, disse. (ANSA)