Evento une gastronomia e esporte para promover o turismo na Itália entre os brasileiros

Gastronomia de excelência e esporte. Para a agência de turismo italiana, a Enit, esses dois ingredientes contribuem para atrair turistas brasileiros à Itália. Pensando nisso, a entidade promoveu um jantar com típicos sabores italianos para operadores de turismo brasileiros e formadores de opinião durante as Olimpíadas na cidade-sede, com a presença de três ex-atletas que obtiveram muitas medalhas para a azzurra no passado. Os medalhistas olímpicos escolhidos para serem embaixadores do evento foram o canoísta e atual secretário do esporte e de políticas para a juventude da Região Lombardia, Antonio Rossi; a saltadora em distância Fiona May; e a velejadora Alessandra Sensini.
O cônsul geral italiano do Rio, Riccardo Battisti, presente ao evento, fez uma avaliação positiva da realização dos Jogos no Rio.
— As Olimpíadas foram um sucesso e a Itália ganhou muitas medalhas. Estamos satisfeitos até agora, pois não tivemos nenhum grave incidente, apenas pequenos problemas que poderiam acontecer em qualquer época do ano. Tudo esteve sob controle, inclusive porque temos um escritório consular na Barra da Tijuca, junto ao Parque Olímpico, além do número verde e da sala crise 24 horas. Preparamo-nos bem para a ocasião, e tudo funcionou bem — disse à Comunità.
Os representantes da Enit citaram números que mostram a importância do Brasil para o turismo no Belpaese.
— É um país muito importante do ponto de vista do turismo. Cerca de 700 mil brasileiros visitaram a Itália em 2015, num total de cinco milhões de pernoites. O país está em terceiro lugar em quantidade de pernoites, atrás somente de Estados Unidos e Canadá. Em plenos Jogos, não poderíamos deixar de lembrar que o esporte pode atrair turistas. Lembremos quantos italianos viajaram ao Brasil tendo em mente o jogador Pelé. Sem falar nas atrações esportivas, como as rotas de ciclismo italianas —— ressaltou o diretor executivo do Enit, Giovanni Bastianelli.
A força enogastrômica italiana serve de ímã, lembrou o diretor.
— Uma pesquisa recente feita na Europa diz que quase metade dos turistas escolhe um destino nas férias com base na gastronomia e nos produtos típicos do local. E a Itália é afortunada nesse sentido — ressaltou Bastianelli.
O chef Silvio Podda, que comandou a cozinha durante a noite no terraço do Consulado da Itália no Rio, preparou mais de dez pratos representativos de diversas regiões de norte a sul da península.
— Quis passar uma noção de variedade gastronômica do nosso país ao escolher pratos com ingredientes de todas as estações — explicou Podda, que comanda a Casa do Sardo, juntamente com o siciliano Paolo di Bella, eleito o melhor restaurante da zona norte do Rio pelo jornal O Globo.

Da polenta taragna aos mexilhões
da Puglia
Os operadores de turismo fizeram uma espécie de viagem pela Bota por meio de petiscos, massas, frutos do mar e doces preparados pelo chef Silvio Podda. Da Região Marche, foram servidas olive all´Ascolana, azeitonas empanadas e temperadas com erva-doce e recheadas com carne, e, da Toscana, foi saboreada a Pappa al Pomodoro, com sobra de pão rústico, molho de tomate, manjericão, azeite e pimenta. O Lácio foi representado pelos pomodorini di riso (tomates assados e recheados com arroz e parmesão) e pelo supplì ai funghi, um petisco com champignon, parmesão, arroz e azeite. As regiões setentrionais foram lembradas pela polenta taragna, típica da Lombardia; pelas sardine alla muranese, enroladas ao forno com alici, pão ralado e azeite, da cozinha vêneta; pelo piemontês coniglio ai pepperoni; e pela lígure lasagnetta al pesto. Os sabores do sul foram servidos com cozze frite, os famosos mexilhões da Puglia; porchetto arrosto, o leitão assado em espetinhos, tradição sarda; e a clássica pizza Margherita, criada na Campânia. Os doces escolhidos foram especialidades das ilhas: os famosos Cannoli da Sicília e os doces de amêndoas da Sardenha. Como não querer viajar mais?