BIANUAL

BIANUAL

A partir de
Por R$ 299,00

ASSINAR
ANUAL

ANUAL

A partir de
Por R$ 178,00

ASSINAR
ANUAL ONLINE

ANUAL ONLINE

A partir de
Por R$ 99,00

ASSINAR


Mosaico Italiano é o melhor caderno de literatura italiana, realizado com a participação dos maiores nomes da linguística italiana e a colaboração de universidades brasileiras e italianas.


DOWNLOAD MOSAICO
Vozes: Cinco <br>Décadas de Poesia Italiana

Vozes: Cinco
Décadas de Poesia Italiana

Por R$ 299,00

COMPRAR
Administração Financeira para Executivos

Administração Financeira para Executivos

Por R$ 39,00

COMPRAR
Grico Guia de Restaurantes Italianos

Grico Guia de Restaurantes Italianos

Por R$ 40,00

COMPRAR

Baixe nosso aplicativo nas lojas oficiais:

Home > Vitrine internacional do ouro negro

Vitrine internacional do ouro negro

16 de setembro de 2014 - Por Comunità Italiana
Vitrine internacional do ouro negro

Vitrine internacional do ouro negroPrincipal evento de petróleo e gás da América Latina é sediado no Rio de Janeiro e Itália marca a sua presença entre os expositores

Entre os dias 15 e 18 de setembro a Rio Oil & Gas 2014 deverá receber 55 mil visitantes, com uma participação recorde de estrangeiros de 30 países diferentes, entre palestrantes, visitantes e expositores. Além disso, o evento tem 14 pavilhões internacionais e conta com cerca de 1300 expositores distribuídos por aproximadamente um espaço de 40 mil m², no Centro de Convenções do Riocentro, na capital fluminense.
Rio Oil & Gas é considerada a maior exposição do setor de petróleo na América Latina e esse ano chega a sua 17ª edição com o tema “Novo cenário geopolítico: superando os desafios”.
Os especialistas se reunirão para discutir sobre a competitividade da indústria de óleo e gás no Brasil; o uso de novas tecnologias na exploração em águas profundas; e as transformações na produção energética mundial provocadas por fatores relevantes, como o crescimento da produção de petróleo e gás de xisto.
Segundo dados da Agência Internacional de Energia, o Brasil está no topo do ranking dos países que serão capazes de gerar a oferta incremental de petróleo nos próximos anos para compensar o declínio da produção dos campos existentes. A previsão é de que até 2035, o Brasil tenha uma expansão de produção que o eleve ao 6° lugar no ranking dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo.

Rio, capital do petróleo e centro de investimentos
Não é por acaso que a sede desse importante evento bianual é o Rio de Janeiro, onde, segundo o presidente da agência de promoção de investimentos Rio Negócios, Marcelo Haddad, há um oceano de oportunidades para um futuro próximo.
— Estudos recentes mostram que nossas reservas provadas de petróleo crescem acima da média apurada no país. Além disso, 67% do pré-sal se encontram na costa fluminense. Temos um potencial de negócios de 700 bilhões de dólares em investimentos nas próximas duas décadas e o Rio é um destino natural desses recursos — diz à Comunità Marcelo Haddad, presidente da agência de promoção de investimentos do Rio de Janeiro.
A indústria do petróleo tem um peso significativo na economia do estado fluminense: apesar de seu pequeno território é responsável por 83% de todo o óleo produzido no país, além de 66% da produção de gás natural.
— O segmento de petróleo e gás é o maior responsável pelo renascimento da indústria no estado do Rio de Janeiro e sua capacidade já está contratada por, pelo menos, mais 20 anos — explica à Comunità Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento Econômico, Petróleo, Indústria e Comércio do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com ele, somente em royalties, o estado fluminense arrecada o equivalente a um quinto da Receita Corrente (RC) total que corresponde à arrecadação que cada ente federativo recebe para custear as atividades que lhe são correlatas.
Outro parâmetro que demonstra a relevância do setor de petróleo no estado é o índice anual Valor da Transformação Industrial (VTI), equivalente à diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais no estado. Segundo os dados de 2012, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas o setor do petróleo foi responsável por 56% do VTI total da indústria do estado do Rio de Janeiro.
Com o aumento da produção de petróleo e gás no país, novas fronteiras se abriram e o estado fluminense se consolidou como um dos principais destinos dos investimentos públicos e privados, de origem nacional e estrangeira nesse setor.
— Estão anunciados para o estado do Rio de Janeiro 235,6 bilhões de reais de investimentos entre os anos de 2014 e 2016, o que representa um aumento de 11,4% em relação ao anunciado para o período de 2012-2014. Do total, cerca de 60%, 143 bilhões de reais, correspondem a investimentos em exploração e produção de petróleo e gás — estima o presidente da Rio Negócios.
Haddad acredita que as expectativas para o futuro do setor no médio e longo prazo são positivas, porém “a indústria deve passar por novos momentos de reavaliação e ajustes”. Para tornar o estado fluminense mais competitivo, várias medidas estão sendo tomadas a nível interno e externo, além de incentivos fiscais e tributários.
O secretario Bueno cita dois órgãos relevantes para os investidores: a AgeRio, agência de fomento e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado (Codin), agência de desenvolvimento. Ambas são coligadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), que atua também no nível externo através de participação em eventos e feiras internacionais e de realização de missões internacionais.
— Em dois anos já foram firmados diversos memorandos de entendimentos com diversas instituições e governos internacionais. Cabe ressaltar que o principal foco desta atuação recai no segmento Subsea — relata o secretário Bueno, que ocupa o cargo desde 2007.
O estado fluminense tem uma posição favorável do ponto de vista geoeconômico, pela proximidade a três das principais bacias sedimentares do país: Campos, Santos e Espírito Santo.
O território oferece inúmeras oportunidades para investidores, não apenas nas áreas de exploração e produção, mas também na cadeia de valor em setores como Subsea e indústria naval. A estimativa dos analistas é que em 2020 44% de todo o mercado global de Subsea esteja no Brasil. Atualmente esse mercado no Brasil representa 37% de todo o mercado mundial.
— É importante manter o foco na atração de investimentos, no desenvolvimento de inteligência em produtos e serviços, bem como em Pesquisa e Desenvolvimento, para reforçar a perenidade desta condição — alerta Haddad, que faz referência a dois exemplos concretos de ações neste sentido: a expansão do Parque Tecnológico na Ilha do Fundão e a implementação do projeto Cluster Subsea no Rio.
Em relação ao setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o estado do Rio de Janeiro passou a ser o principal polo de P&D do país, recebendo 16 bilhões de dólares de investimentos dos mais de 95% dos centros de P&D abertos no Brasil.
— Em termos de qualificação e capacitação de recursos humanos, o estado do Rio de Janeiro hoje possui o maior número a nível mundial de mestres, doutores e Ph.Ds por m², 12 mil pós-graduados por m² — enfatiza o secretario Bueno.

Empresa líder italiana participa do evento internacional
Além da Petrobras, maior empresa de petróleo do país com sede na capital fluminense, a cidade do Rio de Janeiro também abriga importantes operadoras do setor, entre as quais companhias italianas que participarão de uma importante vitrine em setembro, a Rio Oil & Gas, entre as quais a Saipem, que está presente no Brasil desde 2001.
Controlada pela gigante petrolífera italiana Eni, a Saipem é a maior da Europa no setor de serviço de petróleo. A empresa vem consolidando sua presença no país com a formação de um núcleo de Engenharia Subsea próximo aos seus principais stakeholders no Rio de Janeiro e com a implantação em 2011 do Centro de Tecnologia e Construção Offshore (CTCO) no Guarujá, no litoral paulista.
— O CTCO foi construído com o objetivo de maximizar o conteúdo local e garantir segurança e eficiência na construção de projetos EPCI em águas profundas, os quais a Saipem está desenvolvendo no país. Simultaneamente, o CTCO proporciona à Saipem, posição de referência em fornecimento de equipamentos submarinos e apoio logístico — explica à Comunità Luca Cattedri, gerente geral da companhia na América do Sul, do seu escritório no centro do Rio.
No estado fluminense, atualmente a Saipem está à frente dos seguintes projetos offshore: P-55; Cernambi; Cabiúnas; Sapinhoá Norte/Iracema Sul; Sapinhoá Norte/Cernambi Sul; Lula Norte/Lula Sul/Lula Extremo Sul e FSPO Cidade de Vitória.
Como nas edições anteriores, a empresa também participará este ano da Rio Oil & Gas com um estande e oferecerá sessões técnicas apresentadas por um executivo da companhia, com foco em inovação tecnológica e perspectivas de mercado.
De acordo com Cattedri, o evento é um marco fundamental na indústria de óleo e gás brasileira e sul-americana e representa uma oportunidade para a Saipem como peça-chave no mercado.

As empresas estreantes na feira
Na Rio Oil & Gas é possível visitar diversos estandes de petroleiras e empresas fornecedoras da indústria de óleo e gás que apresentarão novos produtos, serviços e as tecnologias mais recentes do setor.
Este ano, a Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro organiza um espaço chamado Spazio Italia, que oferece às pequenas e médias empresas italianas a oportunidade de expor seus produtos e serviços para o mercado brasileiro durante a conferência. Entre as empresas que participam pela primeira vez estão: Remu; Imesa; Irc e Mep Pellegrini do Brasil.
A Remu é especializada na fabricação e processamento de produtos para perfuração de poço: está abrindo uma unidade produtiva no estado do Rio de Janeiro e a previsão é que esteja em funcionamento já a partir do próximo ano.
— A feira será uma vitrine para promover a abertura da nova unidade de produção no Brasil, pois nos dá a oportunidade de apresentar a nossa marca no crescente e dinâmico mercado brasileiro e, além disso, será uma grande oportunidade para ampliar a rede de contatos dos clientes — avalia a engenheira da Remu, Gilda Di Giulio, do seu escritório em Manoppello Scalo, na província de Pescara.
A companhia está no mercado brasileiro desde 2011 e os seus clientes são multinacionais e empresas que trabalham no mercado de petróleo e gás.
Outra firma italiana que faz a sua estreia na Rio Oil & Gas é Imesa, presente no território brasileiro desde 2012.
— Atendemos todos os operadores do mercado do petróleo e gás porque, além de oferecer painéis elétricos, somos capazes de operar como uma empresa de serviços e supervisora para a construção e a realização de projetos — informa a diretora de vendas e marketing da Imesa, Elisa Mazzieri, da sede principal em Jesi, na região Marche.
A Imesa opera na área das construções eletromecânicas desde 1972 e em 2013 deu vida à sua subsidiária no Brasil, que é situada em Cotia (São Paulo) e é especializada no comércio de painéis elétricos.
Junto a Imesa, outra companhia que participará do evento é Irc, com sede em Piacenza, na Emilia-Romanha.
— Aproveitamos a oportunidade deste evento para nos apresentarmos ao mercado brasileiro. Já temos relações comerciais com outros países da América do Sul e esperamos lançar as bases para um desenvolvimento bem sucedido também no Brasil — revela a responsável de comunicação e marketing, Michelle Marenghi.
A empresa é especializada no setor da produção de conexões para soldagem de extremidades em aço carbono, para baixas, médias e altas temperaturas. No mercado brasileiro está à procura de operadores dos setores de petróleo e gás, civil e naval e espera estabelecer novas relações comerciais com empresas de engenharia e com estoquistas locais.
Outra companhia estreante na feira é a Mep Pellegrini, que tem uma experiência de 30 anos em projetos, produção e instalação de guindastes portuários e offshore, aparelhos e máquinas para navios mercantis e militares.
— Há três anos estabelecemos a empresa no Rio de Janeiro e entre os nossos clientes estão a Petrobras, a Saipem e a marinha militar brasileira. Trabalhamos com um nicho de mercado específico, projetando os equipamentos sob medida — explica o diretor geral da Mep Pellegrini do Brasil, Alfredo Damiani, filho de italianos do Vêneto.
O executivo relata que foram citados como bom exemplo na promoção da produção local brasileira num projeto para a Petrobras, há um ano.
— Foi um belo reconhecimento dos nossos esforços. O resultado mínimo que nos pediam era utilizar 50% da produção local e nós conseguimos alcançar 67% — conta com orgulho o diretor da Mep.
Essas pequenas e médias empresas estão apostando no Brasil para expandir sua atuação mundo afora e qual melhor ocasião que um evento internacional, na capital do petróleo, para demonstrar os seus preciosos produtos elaborados com o cuidado de um artesão e as últimas tecnologias.  

O verde no petróleo
Pressionadas pela opinião pública, organizações não governamentais e pela comunidade científica, as empresas do setor de petróleo e gás nos últimos anos precisam investir em sustentabilidade. Isso demanda cultura corporativa sólida, disciplina para melhorar a eficiência e um forte vínculo com a comunidade. De acordo com o diretor global da unidade de soluções sustentáveis da Dupont, Davide Vassallo, as empresas devem aperfeiçoar suas operações através de ações específicas para melhorar a eficiência, reduzir o desperdício e as emissões, além de garantir a integridade dos processos e equipamentos para evitar incidentes.
— A disponibilidade das companhias de petróleo e gás, para entrar em um diálogo positivo com os atores locais, pode gerar efeitos positivos para ambas as partes interessadas — afirma o executivo italiano, que participará de uma palestra sobre desafios socioambientais na Rio Oil & Gas, no dia 18 de setembro. Vassallo trabalha na multinacional química há quatro anos e ajuda as companhias a aperfeiçoar o desempenho de seus negócios enquanto reduzem a pegada ambiental. Para ele, as empresas que atuam nesse setor precisam enfrentar vários desafios com soluções abrangentes, incluindo acesso às reservas, mudanças climáticas e riscos ambientais, de saúde e segurança.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.