Ainda de acordo com o Tribunal, os Ministérios do Transporte e da Defesa têm responsabilidade no acidente porque não providenciaram as condições de segurança para que o avião fizesse seu percurso.
Nas motivações, os magistrados afirmaram que outra aeronave interceptou a rota do voo do Dc-9 e lançou um míssil contra ele. Porém, a autoria do ataque não foi atribuída a ninguém.
O advogado dos parentes das 81 vítimas do atentado, Daniele Osnato, afirmou que “com as quatro sentenças, a Corte de Apelo de Palermo fechou, definitivamente, o caso” e disse que “não há dúvidas de que o Dc-9 foi abatido por um míssil”.
A sentença é uma resposta aos apelos apresentados pela Advocacia Geral da União em quatro processos sobre a queda.
O caso
A aeronave Dc-9 da companhia aérea Itavia caiu em Ustica, na região da Sicília, na noite do dia 27 de junho de 1980 e deixou 81 mortos. As causas do acidente nunca foram de fato esclarecidas, mesmo com dezenas de investigações das autoridades italianas.
Em 2007, o ex-presidente italiano Francesco Cossiga chegou a dizer que o avião tinha sido alvo de mísseis internacionais, provavelmente franceses, que tentavam atingir o voo do ex-ditador líbio Muamar Kadafi – que estava a pouca distância do avião da Itavia.
No ano passado, a Corte de Cassação da Itália – instância judicial máxima – concordou com a tese do míssil e determinou a abertura de um novo processo civil no qual devem ser constatadas as responsabilidades dos Ministérios no acidente e, consequentemente, no fechamento da companhia aérea. (ANSA)