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Wi-fi social

16 de agosto de 2015 - Por Comunità Italiana
Wi-fi social

Wi-fi socialItaliano troca os encantos de Roma pelas praias do Rio e traz ao Brasil a primeira rede social de internet sem fio

Em 1990, durante a Copa do Mundo da Itália, Paolo Di Loreto, então com 25 anos de idade, em vez de torcer pela Azurra (como quase toda a população do país), preferia andar pelas ruas de Roma, onde nasceu e morava, com uma bandeira verde-e-amarela enrolada no corpo.
— Naquela época, eu já admirava o Brasil devido à beleza de sua natureza, à alegria do povo e ao Carnaval — conta à Comunità.
Fanático por futebol e torcedor da Roma, anos depois, em 2001, levou aquela mesma bandeira ao Estádio Olímpico de Roma, quando seu clube venceu o último scudetto (2000/2001). No time, aliás, jogavam os brasileiros Cafu, Antonio Carlos, Aldair, Marcos Assunção e Emerson. Naquela época, porém, Paolo mal sabia que, anos mais tarde, suas relações com o Brasil seriam bem maiores e intensas.
Formado em Economia pela Università La Sapienza de Roma, em 1990, ele começou sua carreira profissional na Gepin, empresa da área digital, onde trabalhou como programador e analista, sendo responsável pela instalação de diversos sistemas em várias empresas italianas. Depois, foi para a Telecom Itália/TIM, sempre atuando na área de inovação tecnológica. Sua vida começou a mudar em junho de 2003, quando foi convidado a trocar as belezas históricas de Roma pelas praias cariocas.
— Na ocasião, meu chefe italiano convidou alguns funcionários de sua equipe para virem para cá. Levei algumas semanas para decidir. E, no final, acabei aceitando. Afinal, era uma nova experiência profissional que poderia enriquecer meu currículo. Além disso, claro, era uma excelente oportunidade para conhecer melhor um país do qual eu gostava.
No início, o combinado era para ficar cerca de dois anos no Brasil e depois retornar à Itália.
— Mal sabia eu que aquela decisão mudaria minha vida para sempre — comenta Paolo.
Convite para trabalhar na TIM durante a lua de mel
De fato. Passados os dois primeiros anos, período em que foi responsável pela área corporativa de Serviço de Valor Agregado (SVA) — nome dado a tudo aquilo que se pode fazer com um telefone celular, além de falar, como baixar e ouvir música, baixar jogos e aplicativos e navegar na internet — chegava a hora de regressar à capital italiana. Mas, nesse meio tempo, em 2004, ele conheceu Luciana Silva Moura, que, na época, era consultora de uma empresa de tecnologia que prestava serviço à TIM. Por essas coincidências da vida, ambos trabalhavam no mesmo andar de um edifício comercial na Rua Chile, no centro do Rio. Algum tempo depois, começaram a namorar. Mas não teve jeito. Em abril do ano seguinte, Paolo teve de fazer as malas e retornar a Roma.  
— Durante um ano, quando a saudade apertava, eu e Luciana sempre dávamos um jeito de nos encontrar. Ela ia para Roma ou eu vinha pra cá — conta.
O fato é que ficar na ponte aérea Galeão-Fiumicino era complicado demais. Então, o romano Paolo e a niteroiense Luciana decidiram se casar, o que aconteceu em março de 2006.
— Estava tudo certo para que, depois do casamento, ela fosse morar comigo em Roma. Mas um telefonema mudou minha vida novamente — lembra.
Eles estavam curtindo a lua de mel na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, quando, de repente, seu celular tocou. Era uma pessoa do departamento de Recursos Humanos da TIM na Itália, questionando se ele não gostaria de retornar ao Brasil, já que a empresa precisava de um diretor com sua experiência justamente onde? No Rio de Janeiro, claro!
— Fiquei superfeliz. Foi o melhor presente que a gente poderia ter recebido. Em seguida, voltamos para a Itália para pegar as nossas coisas e regressamos ao Rio.
Paolo ficou na TIM Brasil até dezembro de 2010 como o responsável pela oferta de SVA na área de Marketing. Depois, em janeiro de 2011, tornou-se Country Manager da Retis do Brasil, outra empresa da área de tecnologia, que, em parceria com a própria TIM Brasil, entre outras iniciativas, instalou uma rede Wi-Fi na comunidade da Rocinha. Depois, em 2013, tornou-se consultor independente, atuando nas áreas de telecomunicações e marketing.

Internauta navega sem precisar de senha ou preencher cadastro
Em janeiro deste ano, Paolo decidiu abrir no Brasil a wiMAN, da qual é CEO, que atua na Itália há cinco anos. A empresa emprega três funcionários no Rio de Janeiro, três em São Paulo, além de 25 representantes comerciais em vários estados do país. A WiMan é uma startup que oferece um tipo de serviço que engatinha no Brasil.
— Trata-se do que chamamos de Social Wi-Fi. Ele é baseado em um roteador, que permite a qualquer pessoa, usando apenas a senha do Google ou do Facebook, acessar a rede Wi-Fi de um estabelecimento comercial que use nossa solução — explica Paolo Di Loreto, já misturando um pouco o acento romano e o sotaque carioca. A tecnologia oferecida pela empresa, na verdade, cria duas redes separadas: uma interna, de uso fechado, e com toda segurança para o estabelecimento. E outra aberta, pública, acessada de forma simples e rápida por qualquer cliente ou consumidor.
Aos dois públicos, o serviço oferece várias vantagens.
— Uma delas é que, para acessar a rede Wi-Fi do estabelecimento, o usuário não precisa solicitar senha a ninguém, tampouco preencher qualquer cadastro para navegar na internet. Ele consegue navegar na web de forma rápida e quase automática — explica.
A Wiman já instalou esse serviço inovador em mais de 50 empreendimentos comerciais pequenos, médios e grandes em vários estados brasileiros, como academias de ginástica, cafés, bares, sorveterias e restaurantes (inclusive no Eataly, recém-aberto em São Paulo). Outros 50 estão em teste.
— Para os estabelecimentos comerciais, que não pagam um custo muito elevado por isso, é uma importante ferramenta de marketing e de relacionamento, pois a solução permite conhecer melhor o cliente conectado à rede e enviar sugestões de promoções e ofertas de produtos e serviços. Também aumenta o número de likes no Facebook e ter mais segurança digital, já que ele não se torna responsável pelos dados e informações que trafegam em sua rede — comenta Di Loreto.
Empresa foi criada em uma pequena cidade da Puglia
A wiMAN, criada em 2009 por Michele Di Mauro e Massimo Cuiffreda na pequena cidade de Mattinata, com cerca de seis mil habitantes, na Puglia, no sul da Itália, nasceu com o espírito social de levar gratuitamente o sinal de internet à maior parte das pessoas e, com isso, reduzir o chamado Digital Divide (Exclusão Digital).
— Tudo começou assim. Sempre acreditamos que é preciso inovar para não morrer — observa o italiano.
Por isso, além de suas atividades comerciais que permitem a sustentabilidade econômica da empresa, ela também procura apoiar projetos sociais. Um deles — sugerido pelo também romano Matteo Gavazzi, representante da wiMAN em São Paulo — resultado de uma parceria com a Associação do Parque Minhocão, começou a funcionar na capital paulista em maio passado.
— Ao conhecer o projeto, fiquei encantado com a possibilidade de perpetuar a filosofia da empresa, oferecendo à população local uma rede Wi-Fi rápida, com acesso livre e gratuito, criada por nós, sem nenhum parceiro privado — explica Paolo. A empresa investiu cerca de nove mil reais em uma rede que suporta até 400 pessoas conectadas simultaneamente, cobrindo uma área de 500 metros quadrados a partir da sede da Associação do Parque Minhocão, nome oficial do Elevado Presidente Costa e Silva, no centro de São Paulo.   

Startup superpremiada
Com apenas seis anos de vida, a wiMAN já coleciona vários prêmios importantes. Em 2012, foi um dos destaques da Leweb, uma das principais conferências de tecnologia da Europa. No final de 2014, a TIM Ventures, sociedade do Grupo Telecom Itália, concedeu um prêmio no valor de 700 mil euros por considerá-la uma das melhores startups do país. O melhor veio em maio deste ano, em São Francisco, nos Estados Unidos, quando a Google indicou o design do aplicativo da wiMAM (que localiza redes gratuitas de Wi-Fi) como um dos 18 melhores do mundo.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.